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Sempre me recordo de uma fábula que marcou a minha infância. Ela é atribuída a Herbert José de Souza (o Betinho), um sociólogo renomado, peça fundamental contra o regime ditatorial em defesa dos direitos humanos e erradicação da miséria. Esta fábula dizia o seguinte:
"Há muito tempo atrás, uma floresta cheia de árvores, pássaros e flores começou a pegar fogo. Na confusão, os animais corriam tratando de salvar a própria pele. Foi aí que um leão parou ao ver um beija flor que, com seu minúsculo bico, pegava água do rio e jogava no fogo.Fazia sucessivamente esse movimento, indo ao rio e voltando à floresta para aspergir o fogo.
- Ah! Beija Flor, você acha que sozinho vai apagar esse fogaréu todo? Questionou o Leão.
E o Beija Flor respondeu:
- Sei que não posso apagar esse fogo sozinho, estou apenas fazendo a minha parte."
Esta linda estória vem nos abrir os olhos à necessidade de sermos solidários, pois que a solidariedade tem como princípio norteador a caridade. Mostra-nos também a importância de se ter um papel pró-ativo na sociedade em que vivemos.
Ser pró-ativo é agir em prol do bem estar comum sem que, para tanto, necessitemos de que outras pessoas intervenham e nos digam o que fazer. Quem tem essa característica guardada em seu íntimo, toma consciência e age por conta própria sem esperar ordens, recompensas ou reconhecimento por tudo aquilo que faz.
Nós espíritas temos o dever de pró-atividade, pois todo o conhecimento proveniente de qualquer teoria, filosofia, ou culto, não pode prescindir a prática; quem tem conhecimento da doutrina espírita aprende a amar, quem ama doa o que tem de melhor aos outros e quem doa a si mesmo na luta diária pela vida e pela justiça, está em conformidade com os ensinamentos do Cristo.
Sejamos todos instrumentos do bem e do amor divino, agindo tal qual o beija-flor de Betinho: Façamos a nossa parte! Sejamos pró-ativos!
Diana Athenas
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